Foi no século XX que a Mata Atlântica passou pelas maiores taxas de desmatamento.
Grande parte foi desmatada em poucos anos. O Pontal do Paranapanema é um bom exemplo de como o
desmatamento na Mata Atlântica foi brutal, principalmente na metade do século:
na década de 1940 foram criados a Grande Reserva do Pontal do Paranapanema,
a Reserva Estadual do Morro do Diabo e a Reserva
Lagoa São Paulo, somando mais de 300 mil hectares, que em menos de 20 anos
foram reduzidos aos cerca de 37 mil hectares do Parque Estadual do Morro do
Diabo e pequenos fragmentos nas proximidades. De fato, o Pontal do Paranapanema
foi o último "Sertão Paulista", ainda apresentando grandes porções de
floresta até o início da década de 1960. Ademais, o estado de São Paulo, por conta do ciclo do café no século XIX,
conservava 59% da cobertura original até 1907, mas em menos de 70 anos, isso
foi reduzido a menos de 9% (cerca de 20699 km²).
Pontal do Paranapanema antes (em 1987)
e depois (no ano 2000) da UHE Porto Primavera. Extensas várzeas foram inundadas. Observe o isolamento do Parque Estadual Morro do Diabo.
Também, no Sul da Bahia, em 45 anos, uma cobertura vegetal de quase 215 mil km² foi reduzida a
pouco mais de 0,4% em 1990. O estado do Paraná conservava cerca de 80% de suas florestas no início do século, e
graças à exploração da araucária (principalmente
a partir da Primeira Guerra Mundial) e expansão
agrícola, até a década de 1960, haviam sido desmatados 119.688 km² a uma taxa
de 2400 km² por ano: no estado restam, hoje, apenas o Parque Nacional do Iguaçu no extremo oeste e a cobertura
vegetal na Serra do Mar.
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