terça-feira, 24 de março de 2009

Joaninha

Joaninha é o nome popular de um insecto da família Coccinellidae. Os cocinelídeos possuem corpo semi-esférico, cabeça pequena, 6 patas muito curtas e asas membranosas muito desenvolvidas, protegidas por uma carapaça quitinosa. Podem medir de 1 até 10 milímetros, vivendo até 180 dias. Seus ovos eclodem em 1 semana e seu estágio larval é de 3 semanas. Possui duas antenas que servem para sentir o cheiro e o gosto. Há cerca de 4500 espécies dentro deste grupo, distribuídas por 350 géneros, distinguíveis pelos padrões de cores e pintas da carapaça.
As joaninhas são predadores no mundo dos insectos e alimentam-se de afídeos, moscas da fruta e outros tipos de insectos. Uma vez que a maioria das suas presas causa estragos às colheitas e plantações, as joaninhas são consideradas benéficas pelos agricultores.

Eis algumas curiosidades sobre esses bichinhos:# O macho da joaninha é tão distraído que pode copular com uma fêmea morta durante horas sem se aperceber da inutilidade...# Uma joaninha adulta come entre 40 e 75 pulgões por dia.# Uma joaninha bate suas asas 85 vezes por segundo durante o vôo.e pra finalizar: Por quê as joaninhas têm pintinhas?"É uma questão de evolução".Às vezes as coisas simplesmente aparecem, e acabam se mantendo nos bichos, por mero acaso ou por seleção natural, quando existe uma importância". Como muitos animais perigosos têm cores berrantes, a joaninha finge que representa perigo com o colorido de seu corpo. As tonalidades costumam estar associadas a gosto ruim, substância tóxica, veneno, mordida forte etc. Por isso "os bonzinhos imitam os malvados para se defender."

quinta-feira, 19 de março de 2009

Tundra



A tundra é uma vegetação proveniente do material orgânico que aparece no curto período de degelo durante a estação "quente" das regiões de clima polar, apresentando assim apenas espécies de que se reproduzem rapidamente e que suportam baixas temperaturas. Essa vegetação é um enorme bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superfície terrestre. Aparece em regiões como o Norte do Alasca e do Canadá, Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria.
A Tundra Ártica surge no sul da região dos gelos polares do Ártico, entre os 60º e os 75º de latitude Norte, e estende-se pela Escandinávia, Sibéria, Alasca, Canadá e Groelândia. Situada próximo do pólo norte, recebe pouca luz e pouca chuva, apresentando um clima polar, frio e seco. O solo permanece gelado e coberto de neve durante a maior parte do ano, a vegetação é rasteira, não possui árvores com abundancia de musgos e líquens.

Clima
Apresenta invernos muito longos, com uma duração do dia muito curta, com uma temperatura média entre -28ºC e -34ºC (não excedendo os -6ºC). Durante as longas horas de escuridão a neve que vai caindo acumula-se, devido aos fortes ventos, nas regiões mais baixas, obrigando os animais a permanecerem junto ao solo e apenas a procurar comida para se manterem quentes. As quantidades de precipitação são muito pequenas (entre 15 e 25 cm, incluindo a neve derretida). Apesar da precipitação ser pequena, a Tundra apresenta um aspecto úmido e encharcado, em virtude da evaporação ser muito lenta e da fraca drenagem do solo permafrost, no verão.
É só no verão, com a duração de cerca de 2 meses, em que a duração do dia fica por volta de 24h e quando temperatura não excede os 10ºC, que a camada superficial do solo descongela, mas a água não consegue se infiltrar pelas camadas inferiores. Formam-se então charcos e pequenos pântanos. Pelo dia ser de longa duração ocorre uma "explosão" de vida vegetal, o que permite que animais herbívoros sobrevivam - bois almiscarados, lebres árticas, renas e lêmingues, na Europa e na Ásia, e caribus na América do Norte. Estes por sua vez constituem o alimento de outros animais, carnívoros, como os arminhos, raposas árticas e lobos. Existem também algumas aves como a perdiz-das-neves e a coruja-das-neves.

Vegetação

A vegetação predominante é composta de líquens, musgos, ervas e arbustos baixos, devido às condições climáticas que impedem que as plantas cresçam em altura. As plantas com raízes longas não podem se desenvolver pois o subsolo permanece gelado, pelo que não há árvores. Por outro lado, como as temperaturas são muito baixas, a matéria orgânica decompõe-se muito lentamente e o crescimento da vegetação é lento. Uma adaptação que as plantas destas regiões desenvolveram é o crescimento em maciços, o que as ajuda a evitar o ar frio. Outra adaptação é que elas crescem junto ao solo, o que as protege dos ventos fortes. As folhas são pequenas, retendo a umidade com maior facilidade. Apesar das condições inóspitas, existe uma grande variedade de plantas que vivem na Tundra Ártica.

Fauna
A maioria dos animais, sobretudo aves e mamíferos, apenas utilizam a Tundra no curto Verão, migrando para regiões mais quentes no Inverno. Os animais que ali vivem permanentemente, como os ursos-polares, bois almiscarados (na América do Norte) e lobos árticos, desenvolveram as suas próprias adaptações para resistir aos longos e frios meses de Inverno, como um pêlo espesso, camadas de gordura sob a pele e a hibernação. Por exemplo, os bois almiscarados apresentam duas camadas de pêlo, uma curta e outra longa. Também possuem cascos grandes e duros, o que lhe permite quebrar o gelo e beber a água que se encontra por baixo. Os répteis e anfíbios são poucos ou encontram-se completamente ausentes devido às temperaturas serem muito baixas.
A Lebre Ártica, por exemplo, no Inverno e no Verão muda a cor do seu pêlo. Isso ajuda o animal a camuflar-se. O cisne-da-tundra tem 25216 penas,80% das quais na cabeça e no pescoço
Tundra Alpina
A Tundra Alpina encontra-se em vários países e situa-se no topo das altas montanhas. É muito fria e ventosa e não tem árvores. Ao contrário da Tundra Ártica, o solo apresenta uma boa drenagem e não apresenta permafrost. Apresenta ervas, arbustos e musgos, tal como a Tundra Ártica. Encontram-se animais como as cabras da montanha, alces, marmotas (pequeno roedor), insetos (gafanhotos, borboletas, escaravelhos).

quinta-feira, 12 de março de 2009

Falésias


Falésia é uma forma geográfica litoral, caracterizada por um abrupto encontro da terra com o mar. Formam-se escarpas na vertical que terminam ao nível do mar e encontram-se permanentemente sob a ação erosiva do mar. Ondas desgastam constantemente a costa, o que por vezes pode provocar desmoronamentos ou instabilidade da parede rochosa.
Com as mudanças climáticas, o nível do mar pode descer, deixando entre a falésia e o mar um espaço plano. Passa-se a chamar, então, uma arriba fóssil.
Segundo o dicionário geológico as falésias são geralmente constituídas de camadas sedimentares ou vulcano-sedimentares, acompanhando a linha costeira. No Nordeste são conhecidas como formações do grupo Barreira. Aparecem no litoral meridional do Brasil: no Rio de Janeiro e no litoral do Rio Grande do Sul, como por exemplo na Praia de Torres (proximidade da Serra do Mar com o litoral).
Um litoral de falésias é indicativo de movimentos positivos do relevo, seja por eustasia seja por epirogênese.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Beija Flor

Assistam: Beija Flor

http://www.youtube.com/watch?v=WpJCksr0NRI&feature=channel





Os beija-flores ou colibris são os menores pássaros do mundo. Ágeis e irrequietos em suas lindas e variadas cores, encantam a todos aqueles que observam as admiráveis coreografias que eles desenham no ar. Voando sem parar, em todas as direções, estão sempre à procura do néctar de que se alimentam e para obtê-lo introduzem seu bico longo e fino em cada flor que encontram.
A velocidade e a agilidade no vôo são, sem dúvida, suas características mais marcantes. Como pequeninos mísseis alados, cortam o ar em manobras inesperadas e parecem nada temer. Suas asas invisíveis, de tão rápidas, permitem grandes façanhas, até mesmo enfrentar pássaros cem vezes maiores. Por isso, são considerados campeões de vôo. Sua plumagem colorida e brilhante dá a impressão de mudar de tonalidade a cada instante, originando a grande variedade de denominações que recebem. Alguns colibris são comparados a pedras preciosas, como rubi, safira ou esmeralda; outros têm nomes de contos de fada; há ainda aqueles que lembram corpos celestes, cometas ou raio de sol.
Para atrair os beija-flores e garantir seu alimento, costuma-se colocar nos jardins bebedouros apropriados, porque facilmente esses minúsculos pássaros se aproximam dos locais floridos, sem temer a presença de estranhos: voam sobre a cabeça das pessoas e às vezes pairam no ar como se as estivessem observando. Parecem mesmo gostar de exibir sua agilidade e beleza.
Em geral, esses pássaros são diminutos. O menor deles é o beija-flor-abelha, encontrado em Cuba. Mede cerca de 5 centímetros de comprimento, sendo que a metade deste tamanho corresponde ao bico e à cauda, e pesam em média 6 gramas. Existem também beija-flores maiores, embora sejam exceção. O beija-flor-gigante, por exemplo, que vive na América do Sul e chega a medir 20 centímetros de comprimento.
Pertencentes a uma das maiores famílias de pássaros, as inúmeras espécies de beija-flores apresentam uma grande variedade de cores, tamanhos, tipos de plumagem e formatos de bico. Existem beija-flores nas três Américas, tanto nas montanhas frias do Alasca como na florestas tropicais do hemisfério sul.












Agitados, independentes e espertos, esses graciosos bichinhos se aclimatam a qualquer temperatura ou tipo de vegetação. E em todo o mundo, seja qual for sua espécie, o beija-flor é admirado como o pássaro mais delicado e encantador.
O MINÚSCULO CORPO do beija-flor apresenta aspectos bastantes originais. O desenho peculiar de suas asas, aliado aos poderosos músculos que as movimentam, fazem dele um dos mais exímios voadores. Em pleno ar, o beija-flor executa verdadeiros malabarismos, impossíveis a qualquer outro pássaro.
As penas do beija-flor brilham como diamantes e, com seus movimentos rápidos, parecem mudar de cor a cada momento. Seu bico mais se assemelha a uma espada fina e comprida, e sua língua é ainda duas vezes mais longa. Cada uma dessas características faz do beija-flor um pássaro muito original.
As asas do beija-flor se movimentam em todas as direções. Isso porque seus ossos são diferentes dos que compõem as asas das outras aves. Estas têm ossos longos, enquanto que as asas do beija-flor têm ossos curtos e flexíveis.
O esqueleto do beija-flor parece um delicado brinquedo feito de palitos de fósforo, mas tem uma estrutura surpreendentemente forte. O osso maior é o do peito, que sustenta os poderosos músculos que impulsionam o vôo. Mais de um terço do peso de um beija-flor corresponde aos músculos peitorais, o maior conjunto de músculos que o pássaro possui e que é responsável pela força de seu esplêndido vôo.
Para retirar o néctar do interior das flores, o beija-flor usa seu longo bico e sua língua, cuja extremidade é dividida em duas partes recobertas de minúsculos pêlos.
A GRANDE VARIEDADE de beija-flores constitui uma riqueza do mundo animal. Com cerca de trezentas espécies, estes minúsculos animais formam uma das maiores famílias de pássaros do mundo.
O beija-flor tem sua origem na América do Sul, de onde se espalhou para o resto do continente. Pode ser encontrado tanto nas florestas tropicais como nos desertos, montanhas e planícies, adaptando-se a todo tipo de clima. Algumas espécies vivem nas regiões frias do norte do Alasca, enquanto outras se dão bem nas condições ambientais do extremo sul da América. Em qualquer recanto onde houver flores se abrindo, aparecem essas pequeninas criaturas para visitá-las e retirar seu mel.
E como que para competir com a imensa variedade de colorido das flores, os colibris apresentam plumagens com um largo espectro de matizes, além de todo tipo de caudas e topetes.
SÃO GRANDES COMILÕES os beija-flores. Embora sejam muito pequenos, eles gastam uma grande quantidade de energia porque estão sempre em movimento: suas asas, por exemplo, são as mais rápidas, com cerca de setenta batidas por segundo. Para repor essas forças, eles estão sempre sugando as flores.
O alimento em tal quantidade deve ser digerido rapidamente, por isso sua dieta consiste sobretudo de açúcar, que logo é transformado em energia. Esse combustível é encontrado nas várias espécies de flores.
As proteínas necessárias para fortalecer seus músculos são fornecidas pelos insetos que os beija-flores apanham. Assim, o total de alimentos que eles consomem é muito grande em relação a seu peso e tamanho. Basta lembrar que, se um homem de 75 quilos gastasse energia na mesma proporção, por exemplo, do beija-flor-de-pescoço-vermelho (Archilocus colubris), teria de ingerir diariamente cerca de 150 quilos de batata.
Para saciar seu grande apetite, algumas espécies de beija-flores visitam por dia cerca de 1500 flores. Embora a principal fonte de alimento desses pássaros sejam as flores, eles não dispensam o açúcar encontrado nas frutas suculentas. Enquanto o beija-flor está ocupado em obter o néctar, ele carrega o pólen de uma flor para outra, ajudando no processo de fecundação das flores. Assim eles mantém uma simbiose com as plantas.
NO VÔO nenhum outro pássaro se compara aos beija-flores. Eles se lançam como uma flecha para a frente e para trás, para os lados, para cima e para baixo; podem dar marcha a ré ou ficar parados no ar batendo as asas com incrível rapidez. Nesse movimento elas ficam quase invisíveis, mas chegando bem perto é possível ouvir seu zumbido. Em poucos segundos eles já estão longe, sem que os olhos possam perceber.
Na época do acasalamento, os colibris costumam fazer o vôo nupcial, cujo trajeto varia de acordo com a espécie.
Para levantar vôo, o beija-flor não precisa dar impulso com os pés, como os outros pássaros. Apenas bate as asas, alcançando a velocidade máxima quase imediatamente.
A VIDA DO BEIJA-FLOR é muito agitada. Apesar do seu tamanho, ele costuma gastar num só dia mais energia do que qualquer outro animal de sangue quente. Grande parte do dia ele passa procurando flores para sugar seu néctar.
Mas o beija-flor também gasta seu tempo em outras atividades, como tomar banho, por exemplo. Chapinhando em alguma fonte ou corrente d'água, sempre encontra maneiras variadas e criativas de tomar seu banho diário.
Muitos independentes, os beija-flores costumam comer, banhar-se ou descansar sempre sozinhos. Juntos, passam a maior parte do tempo brigando ou perseguindo um ao outro, a não ser na época de acasalamento. Seu namoro é breve e com bonitos torneios de vôo.
AS FÊMEAS têm muito trabalho porque não contam com a ajuda dos machos. São elas que constróem os ninhos, chocam os ovos e protegem os filhotes.
Apesar de minúsculos, os ninhos são muito bonitos. E, por incrível que pareça, esse pequeno e frágil abrigo resiste ao vento, às chuvas e ao crescimento dos filhotes. Na verdade, os beija-flores são hábeis construtores --além de interessantes, seus ninhos são muito confortáveis. E para sorte das fêmeas, os filhotes crescem muito rápido. Nascem menores que uma mamangaba, mas, deixam o ninho poucas semanas depois.
Depois de construir o ninho com grama, folhas, flores, pétalas e musgo, o beija-flor fixa isso tudo com o fio viscoso da teia de aranha, deixando o abrigo bastante firme. Geralmente, os beija-flores botam apenas dois ovos. Seus ninhos não comportam mais, e a fêmea não consegue alimentar mais que dois filhotes. Ao nascer, o beija-flor não tem penas nem enxerga. A mãe alimenta os filhotes colocando em sua garganta o bico cheio de néctar. Na maioria das vezes, os filhotes abrem os olhos com 3 ou 4 dias. Então, já observam ansiosos a mãe, que chega para alimentá-los. No início, a fêmea protege seus filhotes com as asas, mantendo-os bem aquecidos. Mas como são incrivelmente resistentes, depois da primeira semana já estão prontos para se aquecer sozinhos no ninho aconchegante. Com duas semanas de idade, a maioria dos beija-flores já tem os olhos brilhantes e atentos, e o corpo coberto de penas. Às vezes, se levantam no ninho e batem as asas - exercícios importantes para desenvolver os músculos. Com 3 ou 4 semanas, o pequeno beija-flor já está pronto para deixar o ninho e começa a dominar o vôo com rapidez e facilidade. Mas ainda tem dificuldade para se alimentar sozinho: nesta fase de treinamento, coloca o bico em objetos coloridos julgando serem flores.
O FUTURO dos beija-flores está diretamente ligado à preservação da flora terrestre, sobretudo das árvores e arbustos que têm florescência abundante. Facilmente adaptáveis a qualquer ambiente, os beija-flores, na verdade, não exigem muito para sobreviver: constróem seus ninhos em todo tipo de árvore e podem encontrar alimento nas flores em geral, encontradas em diversos lugares, como jardins, hortas e parques. Além disso, não temem as pessoas e vivem nas cidades sem dificuldade.
Mesmo assim, o crescimento acelerado da população e a destruição de muitas espécies de plantas nativas podem constituir um grave problema para esses pássaros: muitas vezes começam a faltar-lhes locais apropriados para construir seus ninhos ou onde possam encontrar alimento adequado.
É praticamente impossível acreditar que alguém seja capaz de perseguir ou matar beija-flores. Muitos, no entanto, fazem isso sem perceber, ao derrubar matas ou eliminar famílias inteiras de plantas e flores. Tendo mais consciência da necessidade de maior equilíbrio entre a vida das plantas, dos animais e dos homens, pode-se evitar muitos danos à natureza, da qual dependemos e fazemos parte. Ao se preservar as centenas de espécies de beija-flores conhecidas, estaremos, no mínimo, assegurando uma vida mais colorida e alegre, e nosso mundo será melhor e mais bonito.

sábado, 7 de março de 2009

Os Trovões

Os trovões



As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera são denominadas trovões. Resultado do aumento da temperatura do ar por onde o raio passa, os trovões podem ser perigosos, nas proximidades de onde o fenômeno acontece. Entretanto, na maioria dos casos, causam apenas medo aos mais sensíveis.

FormaçãoO trovão é uma onda sonora provocada pelo aquecimento do canal principal durante a subida da Descarga de Retorno. Ele atinge temperaturas entre 20 e 30 mil graus Celsius em apenas 10 microssegundos (0,00001 segundos). O ar aquecido se expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som no ar e que nas proximidades do local da queda é um som inaudível para o ouvido humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores. Essa constitui o trovão audível.

CaracterísticasOs meios de propagação dos trovões são o solo e o ar. A freqüência dessa onda sonora, medida em Hertz, varia de acordo com esses meios meios, sendo maiores no solo. A velocidade do trovão também varia com o local onde se propaga. O trovão ocorre sempre após o relâmpago, já que a velocidade da luz é bem maior que a do som no ar. O que escutamos é a combinação de três momentos da propagação da descarga no ar: primeiro, um estalo curto (um som agudo que pode ensurdecer uma pessoa) gerado pelo movimento da Descarga de Retorno no ar. Depois, um som intenso e de maior duração que o primeiro estalo, resultado da entrada ou saída da descarga no solo e por último, a expansão de sons graves pela atmosfera ao redor do canal do relâmpago. Podemos ter uma percepção do som diferente, mas essa ordem é a mesma. Por isso, é muito perigoso ficar próximo ao local de queda de um relâmpago. A energia acústica ou energia sonora gasta para provocar esses estrondos é proporcional a freqüência do som. A maior parte dela, cerca de 2/3 do total, gera os trovões no solo e o restante (1/3) provoca som do trovão no ar. Mesmo assim, eles costumam ser bem violentos, como podemos perceber. Por causa da freqüência, os trovões no ar são mais graves (como batidas de bumbo). Aqueles estalos característicos dos trovões, os sons bastante agudos, além de dependerem da nossa distância à fonte, se relacionam com as deformações do canal e de suas ramificações. Quanto mais ramificado o canal, maior o número de estalos no trovão. Se o observador estiver próximo do relâmpago (a menos de 100 metros, por exemplo) o estalo será parecido a de uma chicotada. Isso está associado a onda de choque que antecede a onda sonora.
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DuraçãoA duração dos trovões é calculada com base na diferença entre as distâncias do ponto mais próximo e do ponto mais afastado do canal do relâmpago ao observador. Por causa dessa variação de caminhos, o som chega aos nossos ouvidos em instantes diferentes. Em média, eles podem durar entre 5 e 20 segundos.

terça-feira, 3 de março de 2009

Gaia





A Hipótese de Gaia, também denominada como Teoria de Gaia, é uma tese que sustenta ser o planeta Terra um ser vivo. A hipótese foi apresentada em 1969 pelo investigador britânico James E. Lovelock, afirmando que a biosfera do planeta é capaz de gerar, manter e regular as suas próprias condições de meio-ambiente. Para chegar a essas conclusões, o cientista britânico, juntamente com a bióloga estadunidense Lynn Margulis analisaram pesquisas que comparavam a atmosfera da Terra com a de outros planetas, vindo a propor que é a vida da Terra que cria as condições para a sua própria sobrevivência, e não o contrário, como as teorias tradicionais sugerem. O nome Gaia é uma homenagem à deusa grega Gaia, da Terra. Vista com descrédito pela comunidade científica internacional, a Teoria de Gaia encontra simpatizantes entre grupos ecológicos, místicos e alguns pesquisadores. Com o fenômeno do aquecimento global e a crise climática no mundo, a hipótese tem ganhado credibilidade entre cientistas.
Veja mais:

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bioma










Principais características das formações vegetais
Os biomas são sistemas em que solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal. Em escala planetária, os biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade na natureza de seus elementos.
As formações vegetais são tipos de vegetação, facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente na classificação dos ecossistemas e biomas, o que torna importante a observação da escala utilizada em sua representação, pois os mapas e planisférios que os delimitam trazem grandes generalizações.

Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetativo extremamente curto. Por encontrar-se em regiões subpolares, desenvolve-se apenas durante os três meses de verão, nos locais onde ocorre o degelo. As espécies típicas são os musgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nas porções mais elevadas do terreno, onde o solo é mais seco, aparecendo raramente pequenos arbustos.Floresta de coniferas: típica da zona temperada. Ocorre nas altas atitudes do Hemisfério Norte, em regiões de climas temperados continentais, como Canadá, Suécia, Finlândia e Rússia. Neste último país, cobre mais da metade do território e é conhecida como taiga (foto). É uma formação bastante homogênea, na qual predominam pinheiros. Foi largamente ex¬plorada; o objetivo era a retirada de madeira para ser usada como lenha e como matéria-prima para a fabricação de papel e de móveis. Atualmente a madeira é obtida de árvores nativas (silvicultura).

Floresta temperada: diferentemente das coníferas, esta formação florestal caducifólia, típica das zonas climáticas temperadas, é encontrada em latitudes mais baixas e sob maior influência da maritimidade, o que permite a instalação de atividades agropecuárias. Seu desmatamento re¬sultou da incorporação de novas áreas para a agricultura mecanizada de grãos. Estendia-se por grandes porções da Europa Centro-Ocidental. Atualmente subsiste na Ásia, na América do Norte e em pequenas extensões da América do Sul e da Oceania. Na Europa, restam apenas pequenas extensões, como a Floresta Negra na Alemanha (foto), e a Floresta de Sherwood, na Inglaterra.

Mediterrânea: desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. É encontrada em pequenas porções da Califórnia (Estados Unidos), do Chile, da África do Sul e da Austrália. As maiores ocorrências estão no sul da Europa — onde foi largamente desmatada para o cultivo de oliveiras e videiras — e no norte da África. Trata-se de uma vegetação esparsa, que possui três estratos (ou seja, vegetação de três alturas diferentes): um arbóreo, um arbustivo e um herbáceo. (foto: Algarve, Portugal)

Formações herbáceas (pradarias): compostas basicamente de gramíneas, são encontradas sobretudo em regiões de clima temperado continental. Desenvolvem-se na Rússia e Ásia Central, nas Grandes Planícies americanas, nos Pampas argentinos, no Uruguai, na região Sul do Brasil e na Grande Bacia Artesiana (Austrália). Muito usada como pastagem, essa formação é importante por enriquecer o solo com matéria orgânica. Um dos solos mais férteis do mundo, denominado tchernozion (“terras negras”, em russo), é encontrado sob as pradarias da Rússia e da Ucrânia.

Formações de regiões semi-áridas: nessas formações destacam-se as estepes, vegetação herbácea, como as pradarias, porém mais esparsa e ressecada; no Brasil esta formação equivale à caatinga.DesertoDeserto: bioma cujas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água, situação típica dos climas polares, áridos e semi-áridos. Em regiões de climas áridos e semi-áridos desenvolvem. se os desertos quentes, cujas espécies são xerófilas, destacando-se as cactáceas. Algumas dessas plantas são suculentas, armazenando água no caule, não possuem folhas ou elas evoluíram para espinhos dificultando a perda de água pela evapotranspiração. Essas plantas aparecem nos de. sertos da América, África, Ásia e Oceania, ou seja, em todos os continentes com exceção da Europa. Em regiões de climas polares, situadas nas zonas glaciais, desenvolvem-se os desertos gelados, com fauna e flora adaptadas a essas condições. Os inuits, povo que vive no território canadense de Nunavut, sobrevivem nesse bioma porque estão perfeitamente adaptados a ele.


Floresta estacional e savana: em regiões onde o índice de chuvas é elevado, porém concentrado em poucos meses do ano, podem se formar florestas que perdem totalmente as folhas durante a estação seca, ou podem formar-se as savanas, formação vegetal complexa que apresenta estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. As savanas são encontradas em grandes extensões da Africa, na América do Sul, no México, na Austrália e na Índia e são amplamente utilizadas para a agricultura e pecuária.

Floresta pluvial tropical e subtropical: nas regiões tropicais quentes e úmidas encontramos florestas que se desenvolvem graças aos seus significativos índices pluviométricos. São, por isso, formações higrófilas e latifoliadas, extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes na América, na África e na Ásia. Nessas regiões predominam climas tropicais e equatoriais e espécies vegetais de grande e médio porte, como o mogno, o jacarandá, a castanheira, o cedro, a imbuia e a peroba, além de palmáceas, arbustos, briófitas e bromélias. Já nas regiões subtropicais com verões quentes e invernos amenos, porém com elevados índices pluviométricos, formam-se florestas aciculifoliadas, como a Mata de Araucárias.